terça-feira, 30 de outubro de 2007

avant la haine



(cena de dans paris de cristophe honoré)
(música de Alex Beaupain)

Lui :
Sais-tu ma belle que les amours
Les plus brillantes ternissent
Le sale soleil du jour le jour
Les soumet au suplice
J'ai une idée inattaquable
Pour éviter l'insupportable

Avant la haine, avant les coups
De sifflet ou de fouet
Avant la peine et le dégout
Brisons-là s'il te plait

Elle :
Mais je t'embrasse et ça passe
Tu vois bien
On s'débarrasse pas de moi comme ça
Tu croyais pouvoir t'en sortir,
En me quittant sur l'air
Du grand amour qui doit mourir
Mais vois-tu je préfère
Les tempêtes de l'inéluctable
A ta petite idée minable
Avant la haine, avant les coups
De sifflet ou de fouet
Avant la peine et le dégout
Brisons-là dis-tu

Lui :
Mais tu m'embrasses et ça passe
Je vois bien
On s'débarrasse pas de toi comme ça

Lui :Je pourrais t'éviter le pire

Elle :Mais le meilleur est à venir

Ensemble :
Avant la haine, avant les coups
De sifflet ou de fouet
Avant la peine et le dégout

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

dancing in the moonlight!

Lé, essa é pra você!

sábado, 13 de outubro de 2007

duas exposições e duas baladas na mesma semana!

na quarta fui à abertura da exposição de arte contemporânea ctrl+c ctrl+v, na qual o laerte está expondo seu jambolhão. vale a pena ir. tem muitos trabalhos bonitos. o que eu mais gostei foi um tronco de folha de madeira, mas não vi de quem é (ops!). a balada do dia anterior foi uma festa incrível na casa da Nani, que estava recebendo a cantora caboverdeana Maira Andrade com direito a várias cantoras jovens reunidas cantando juntas. foi memorável. e a festa sem comentários de tão boa! com direito a jantar da chef morena leite e um monte de gente bonita! perfeita pra acabar com a quarta-feira no escritório...

depois na sexta me diverti horrores numa dobradinha teta/milo! e no sábado videobrasil. Lá, fui à India e a Rwanda no quinto andar. No quarto andar, fui transportada a uma realidade paralela, onde me senti uma criança descobrindo mil tesouros, como que num porão maluco. No terceiro andar, entrei no psicose original e no remake ao mesmo tempo!
Mas o que mais me impressionou foi a sala de orações em cabul, afeganistão. eu tenho lá minhas ressalvas com instalações e videoinstalações em geral, mas essa é uma obra-prima do gênero, na minha humilde opinião. é bonito mesmo! a obra chama-se Dervixxx e o autor: Arthur Omar.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

dirigindo um del rey

o del rey tem mil charmes. mas uma vantagem incrível é o fato de que os faróis de são paulo dão menos medo a bordo de um del rey!

3 acontecimentos recentes em cruzamentos paulistanos:

1. paro no farol com a janela escancarada, porque o del rey, óbvio, não tem ar-condicionado. tem um cara estranho vendendo flores que acompanha o carro com o canto do olho enquanto eu paro na primeira fila. eu penso: não vou fechar a janela nem ferrando. tá muito calooooor! ele, claro, se aproxima e diz: e aí, quer comprar uma bromélia? eu faço sinal de "jóia ao contrário" (minha marca registrada para ambulantes de farol em geral) querendo dizer que estou sem dinheiro para a bromélia. e ele responde: - é né, se vc tivesse dinheiro com esse calor de hoje, comprava um suco!

2. voltando pra casa do trabalho, um puta trânsito e eu parada no sinal, que já abriu e fechou mil vezes e eu no mesmo lugar. chega o bando que limpa (ou suja) para-brisa. eu com a janela semi-aberta penso: não vou fechar a janela, que eles vão ver que eu tô com medo. e fico lá, durona com a janela aberta o suficiente pra entrar mão e o que quer que ela esteja carregando. encosta a menina, bem doida e fala: - posso limpar seu vidro tia? e eu respondo com o costumeiro sinal de "jóia ao contrário - tô sem dinheiro". ela se vira com um olhar absolutamente crédulo, afinal de contas estou dirigindo um Del Rey!

3. Paro na esquina. se aproxima o vendedor de flores, que as oferece com um gesto e um olhar. eu respondo com o sinal costumeiro. então, ele dá a volta e pára ao lado da minha janela, pedindo para que eu a abrisse. eu, claro, abro a janela já dizendo: olha hoje não vai dar pra comprar as rosas, etc. ele se vira e diz: - não! eu não quero te vender não, vou é te dar uma. você é muito legal... toma! essa aqui é pra você dar pra tua santa! amei! foi a coisa mais genuína que alguém me fez nos últimos tempos! fiquei emocionada. de verdade.

adoro que dirigindo esse carro os moleques, vendedores, motoqueiros e pessoas nos faróis em geral se sentem muito mais próximas a mim. é como se o del rey me fizesse acessível. é como se eu entrasse pro time deles. e aí, tem todo um respeito. eu sei que nunca vou ser assaltada nesse carro e são paulo, mais uma vez, se torna uma cidade mais feliz. pelo menos pra mim! rá!

terça-feira, 9 de outubro de 2007

New York I love you but you bring me down

hoje eu tô me sentindo meio assim:
você acredita tanto, ama tanto, quer tanto
que fica triste.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007



"... olhava no espelho aquela que eles viam: não era eu; estava ausente, ausente de toda parte: onde me encontrar? Enlouquecia. 'Viver é mentir', pensava, sucumbida; em pricípio nada tinha contra a mentira, mas praticamente era esgotante fabricar incessantemente máscaras para mim."

Simone de Beauvoir



terça-feira, 2 de outubro de 2007

Se cada dia cai,
dentro de cada noite,
há um poço
onde a claridade está presa.

há que sentar-se na beira
do poço da sombra
e pescar luz caída
com paciência.

Pablo Neruda


(Van Gogh)