segunda-feira, 26 de novembro de 2007
diálogos não programados
sábado passado fui ver prét-à-porter 8, do centro de pesquisas teatrais do antunes. ontem fui ver o passado, do babenco, baseado no livro do alan pauls. quando saí do teatro, na semana passada, a nana me disse: o que me impressionou da última vez em que eu assisti e nessa de novo, é a tensão que os atores são capazes de produzir no espectador. e eu concordei. vc sai do primeiro ensaio com um buraco no estômago, querendo que a situação tensa se resolva de qualquer jeito, que o barbante tensionado estoure, deixando o malabarista se espatifar no chão, se for o caso, tamanha a tensão que a cena nos causa, nos deixando desesperados por uma solução, seja ela qual for. saí do filme do babenco assim. não que as coisas não se resolvam no filme, de um jeito ou de outro elas acabam se resolvendo na história, mas saí do filme muito tensa e constrangida, e por isso eu gostei, assim como nos laboratórios de pesquisa teatral do antunes, onde o objetivo é literalmente pesquisar processos de representação e ensaiar seus resultados e caminhos, o que gostei do filme foi o caminho e não o destino final. e o caminho é teeenso e extremamente constrangedor. me peguei com as mãos cobrindo o rosto algumas vezes ao longo da sessão. de resto o filme é bom, mas não é o melhor que eu já vi na vida, sabe...
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