sexta-feira, 31 de agosto de 2007

vontade de ir embora...

"Alguém já disse que (São Paulo) é como se Los Angeles vomitasse em Nova York"

Anthony Bourdain (matéria sobre a visita dele)

triste mas muito verdade.

breuer



almocinho bom!

o papo foi ótimo. fiquei orgulhosa com as novidades de uma, os planos das outras e feliz de contar as minhas novidades e perceber que a maré já está virando!
comi uma espetada do mar com legumes no vapor, muito bem temperados com um fio de azeite e alho. a espetada estava divina e não podiam faltar duas cervejinhas para acompanhar. o espresso estava bem gostoso. eu sempre peço espresso com espuma. e o engraçado é que agora eu sempre faço o teste da colher com a espuma, que nem a Lu ensinou em NY, mas eu não sei ver se está na consistência certa ou não. faço o teste só pra trazer o sorriso no rosto de lembrar desse dia! pega a espuma com a colherinha e vira de ponta cabeça pra ver se cai! se cair tá ruim, se ficar: parfait! depois bebe o café por entre a espuma e voilá! experiência completa! hahaha!
o tal almoço foi no adega santiago, que ocupa o lugar onde já foi o farmácia (não sei se era com "ph", mas se era, era cafona anyway...) e a única ressalva é a decoração cenário de fazenda. não dá pra se sentir numa fazenda a um quarteirão da faria lima e da rebouças. preferia o lugar antes da reforma!

delícia de almoço. o duro é voltar pro escritório depois!
"I wonder if it's possible to have a love affair that lasts forever..."

Andy Warhol

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Richard Serra



"It’s a landmark, by a titan of sculpture, one of the last great modernists in an age of minor talents, mad money and so much meaningless art."

ainda sem palavras para descrever o que é a experiência de um Richard Serra.

vale a pena ler a reportagem pra começar a tentar entender...






terça-feira, 28 de agosto de 2007

amigo também serve pra falar aquelas verdades que a gente precisa, mas não quer ou não pode, ouvir. Mas essa história de que a verdade dói é mentira. A verdade liberta, alivia. você se depara com "las mierdas" e tem a chance de poder consertá-las ou se consertar... agora, o que dói mesmo é maldade. É o prazer de pôr alguém pra baixo com certas verdades, que se usadas como cartas na manga, aí sim fazem estrago... enfim verdade seja dita: muito bom ter amigo que fala verdades pra gente!

domingo, 26 de agosto de 2007

"(...) O empobrecimento dos setores médios vem dos baixos salários e desemprego. Faltam crescimento econômico e políticas de emprego."

Sônia Drabe em entrevista ao Estado de São Paulo
"Quem ignora o passado está condenado a repetí-lo"

George Santayana
"chegou ao limite da própria ignorância e, não obstante, prosseguiu"

Millôr

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Paulo Mendes da Rocha à Folha de São Paulo

"Se você não é solidário ao projeto, não pode fazê-lo. Arquitetura não pode ser vista como uma coisa que você encomenda, e você se vira para fazer de qualquer maneira. O primeiro ímpeto de fazer surgir algo, que é o que o arquiteto faz, é uma convocação emotiva."

"Essa sociedade amarga abandonou o centro da cidade e se enfiou no mato. As empresas se mudaram lá para baixo [em direção à zona sul], mesmo avenidas novas são extremamente caipiras, elas têm um ar de subúrbio rico e abandonaram o centro da cidade. Se você deixar degenerar, você reduz o valor imobiliário, compra tudo de novo, reconstrói a cidade... Há quem viva só disso."

"Você tem razão, porque esses edifícios isolados, num "pseudoparaíso", destroem a essência da questão da educação, que é o caminho da escola, com bares e uma infinidade de outras coisas. A universidade apartada assim tira os jovens desse âmbito, da cidade, que é um fator de educação fundamental. É lastimável você fundar e comprar um grande arrabalde e chamar de cidade universitária. Como foi feita, nunca se pensou no transporte público. Todo estudante tem um carro. A escola é pública, mas só dá milionário ali. Não fica bem."

"Você pode perceber como sofre um arquiteto, quão longe dos nossos horizontes está a cidade atual. Isso amargura a nossa existência e faz ver que o fator essencial e objetivo da questão da arquitetura e do urbanismo é político. É uma questão de vontade. O arquiteto, em essência, é um contrariado."

entrevista completa

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

"Os artistas preferiram continuar intelectuais de oposição, a única oposição, aliás, autorizada e encorajada pelo capitalismo burguês. Rejeitaram a idéia de reforma para bancar os profetas ou os arautos da revolução."

Argan - História da Arte como História da Cidade

contraste?

habitação pública na holanda:

habitação popular no chile:


conjunto habitacional no brasil:


público = popular?

conversas com bru

texto que recebi em email da bru, em resposta à uma conversa sobre como estamos estressadas ultimamente. na mesma conversa estávamos falando sobre como precisamos tirar férias perto da natureza, pra ver se desembaraçam-se esses nós nas costas que o trânsito, os prazos insanos do trabalho causam... o engraçado foi que eu quando pensei natureza, desta vez pensei em ir para a chapada ou para a serra do matutu e fazer trilhas e entrar em cachoeiras tão geladas, que não houvesse a chance de não sair com o espírito lavado e renovado... já a bru, óbvio, pensou em ir pra boipeba se largar na areia e não ter nem que conversar com ninguém! chegamos à conclusão que então não poderíamos planejar essa fuga da cidade juntas já que as idéias de natureza, desta vez estavam tão distantes.... e rá! olha o texto em resposta a essa conversa que eu recebo! a cara dela!

eis o texto:

Aí pelas Três da Tarde
Raduan Nassar(para José Carlos Abbate)

Nesta sala atulhada de mesas, máquinas e papéis, onde invejáveis escreventes dividiram entre si o bom senso do mundo, aplicando-se em idéias claras apesar do ruído e do mormaço, seguros ao se pronunciarem sobre problemas que afligem o homem moderno (espécie da qual você, milenarmente cansado, talvez se sinta um tanto excluído), largue tudo de repente sob os olhares a sua volta, componha uma cara de louco quieto e perigoso, faça os gestos mais calmos quanto os tais escribas mais severos, dê um largo "ciao" ao trabalho do dia, assim como quem se despede da vida, e surpreenda pouco mais tarde, com sua presença em hora tão insólita, os que estiveram em casa ocupados na limpeza dos armários, que você não sabia antes como era conduzida. Convém não responder aos olhares interrogativos, deixando crescer, por instantes, a intensa expectativa que se instala. Mas não exagere na medida e suba sem demora ao quarto, libertando aí os pés das meias e dos sapatos, tirando a roupa do corpo como se retirasse a importância das coisas, pondo-se enfim em vestes mínimas, quem sabe até em pêlo, mas sem ferir o decoro (o seu decoro, está claro), e aceitando ao mesmo tempo, como boa verdade provisória, toda mudança de comportamento. Feito um banhista incerto, assome em seguida no trampolim do patamar e avance dois passos como se fosse beirar um salto, silenciando de vez, embaixo, o surto abafado dos comentários. Nada de grandes lances. Desça, sem pressa, degrau por degrau, sendo tolerante com o espanto (coitados!) dos pobres familiares, que cobrem a boca com a mão enquanto se comprimem ao pé da escada. Passe por eles calado, circule pela casa toda como se andasse numa praia deserta (mas sempre com a mesma cara de louco ainda não precipitado) e se achegue depois, com cuidado e ternura, junto à rede languidamente envergada entre plantas lá no terraço. Largue-se nela como quem se larga na vida, e vá ao fundo nesse mergulho: cerre as abas da rede sobre os olhos e, com um impulso do pé (já não importa em que apoio), goze a fantasia de se sentir embalado pelo mundo.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

ai...

e então finalmente ao acordar, percebeu que estava com choro engasgado, assim ao acordar, sem pensar, acordou com vontade de chorar e chorou.
depois chegou, tomou um café e conversou com a amiga chorando.

aí, parece que só porque começou a deixar esse choro sair dela, um espacinho se abriu no seu coração. ufa!

segunda-feira, 6 de agosto de 2007


Antonin Kratochvil/VII, for The New York Times
Now, scientists believe that social networks not only can spread diseases, like the common cold, but also may influence many types of behavior — negative and positive — which then affect an individual’s health, as well as a community’s.

copo de papel com nariz!


sexta-feira, 3 de agosto de 2007

"o que importa não é a glória, não é o esplendor, não é aquilo com que eu tanto sonhava, mas sim a capacidade de suportar. Aprenda a carregar a sua cruz e acredite. Eu acredito e, assim, nem sofro tanto e, quando penso na minha vocação, não sinto medo da vida."

Anton Tchekhov - A gaivota

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

When we are under stress we are the most true to our nature, for we have no energy to keep up any pretenses. Hence, we learn about ourselves as we go through the experience.

susan miller - astrologyzone